Essa história é rápida, caros
amigos. Ela me foi contada por uma querida minha e merecesse o
compartilhamento. Dividi-la-emos em três partes, talvez quatro. Porque a
primeira foi ao vivo, num bar em Recife, para não dizer que foi no Central, eles
se conheceram. Mas eram de estados diferentes. Pois bem, deixa passar. Fazer o
que? E a vida seguiu por 6 meses. Até que certo dia ele a convidou num chat. O
chat se transformou em celular e em Ichat. E daí, bem, você é linda, minha
história é essa, meus segredos são esses, minha dor é essa e blá blá blá. Alô
de manhã, alô no almoço, alô à tarde, alô à noite, alô na madrugada. Até
durante o apagão. Estou apaixonado, preciso ver você, preciso de qualquer
forma, até chorou algumas vezes por trás da tela. E bem, veio. Primeiro
encontro. Muito amor, muito elogios, muito choro de despedida. E tome celular e
I chat novamente. Ela acreditou. Ele a chamou de namorada, te adoro para cá, te
adoro para lá. E veio novamente. Ela tentou acabar, ele chorou. Chorou em casa,
na despedida...Mas engana-se quem pensar que ele era um chorão. Pois bem,
recebeu uma visita de consultoria feminina que a levou para o restaurante, para
a praia, para as águas do mar em frente à sua casa. Tcharam! Ela, minha querida
amiga questionou. Não havia mais telefonemas tantos, quando se viam ele estava
sempre com sono. Uma sobrancelha se ergueu. Bem, então ela foi. Estava em
dúvida. Ele insistiu. Ela foi. Ele a maltratou. Foi grosso. Uma parede de
silêncio se ergueu perante os corpos. Talvez pelo costume de ter ali entre eles
sempre uma tela – sugeri – tinham agora um silêncio, uma boa educação
desprezível. Não houve despedidas, não houve choro, muito menos sinal de vida
via celular ou internet, chat, facebook, IChat. Até que chegou um e-mail: olha,
você é linda, adorei estar apaixonado, mas agora eu quero ser seu amigo.
???????? Pois é. Talvez na terra real dele o personagem de ficção perdera a
máscara.
Bem, a seguir cenas do próximo
capítulo: esse tal de mundo virtual é real ou é ficção?