Dita-me
ou
Deita-me
ou
Deixa-me.
Diga-me.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Paredes
Paredes param a palavra
encerram sem seção sublime
Atrofiam a trilha
Pandegam as pancas das pernas
Sufocam o semblante em silêncio
Entristecem as terceiras intenções
E finalizam o que já foi findado
Restando o rastro
apenas
Há penas
encerram sem seção sublime
Atrofiam a trilha
Pandegam as pancas das pernas
Sufocam o semblante em silêncio
Entristecem as terceiras intenções
E finalizam o que já foi findado
Restando o rastro
apenas
Há penas
Presente de aniversário
Mais uma vez encerro um ciclo. E tantas pedras no caminho.
Trancada numa torre de marfim.
Tento encostar a mão para sentir a pulsação das coisas mais simples.
Mas elas não vêm.
Promessas são suspiros
Eu quero a palavra mais dura que o beijo doce de flor que dissolve como açúcar
Quero a novidade
Quero enxergar a beleza da sutilidade do ritmo de uma respiração.
Quero a força
Quero a surpresa
Quero o jazz que invade como um vento e quebra a seca rotina
quero um banho
uma música
uma batida
para se lembrar que a vida bate em cheia nessas cordas do coração
Trancada numa torre de marfim.
Tento encostar a mão para sentir a pulsação das coisas mais simples.
Mas elas não vêm.
Promessas são suspiros
Eu quero a palavra mais dura que o beijo doce de flor que dissolve como açúcar
Quero a novidade
Quero enxergar a beleza da sutilidade do ritmo de uma respiração.
Quero a força
Quero a surpresa
Quero o jazz que invade como um vento e quebra a seca rotina
quero um banho
uma música
uma batida
para se lembrar que a vida bate em cheia nessas cordas do coração
Gestação
Nove meses, tempo de espera
Esperei por ti
para te ver nascer
de dentro de mim
Para te ver brotar
em vida em meu ventre
Mas não saiu
Não saiu nada
Só sonhos
Passei nove meses grávida de sonhos
Nove meses criando, criando
Agora gero.
Esperei por ti
para te ver nascer
de dentro de mim
Para te ver brotar
em vida em meu ventre
Mas não saiu
Não saiu nada
Só sonhos
Passei nove meses grávida de sonhos
Nove meses criando, criando
Agora gero.
Parto
Parto atrás de um porto
Este porto apertado
já não me diz
já não me condiz
Preciso de outro ponto
para criar espaço
Em processo de parto
parindo-me
Renascendo
Em estado grave
Gravidez de mim
Parindo-me
Partindo-me
Parto de ti
e perco-me de mim.
Este porto apertado
já não me diz
já não me condiz
Preciso de outro ponto
para criar espaço
Em processo de parto
parindo-me
Renascendo
Em estado grave
Gravidez de mim
Parindo-me
Partindo-me
Parto de ti
e perco-me de mim.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Sala de espera
boca na minha minha boca
no deleite
na saliva
no ponto que acende e transcende
que acorda e me doma
e se apaga
Boca na palavra de renda
no encaixe da palavra dita
molhada
suada
boca na palavra deitada
e escondida
Boca nas letras vagas dos dedos
na palma da mão espalhada nas costas
boca no beijo derretido
no laço da boca posta
na violência que pulsa dentro
e joga pêlo de pele em pé
Boca no queixo
nas esquinas
nos ângulos de teu corpo
escorre pelo pescoço reto em fúria em fogo.
Boca na minha boca
boca nos meus versos
boca nos meus olhos
boca de meus olhos:
guardo meus desejos em tua boca.
no deleite
na saliva
no ponto que acende e transcende
que acorda e me doma
e se apaga
Boca na palavra de renda
no encaixe da palavra dita
molhada
suada
boca na palavra deitada
e escondida
Boca nas letras vagas dos dedos
na palma da mão espalhada nas costas
boca no beijo derretido
no laço da boca posta
na violência que pulsa dentro
e joga pêlo de pele em pé
Boca no queixo
nas esquinas
nos ângulos de teu corpo
escorre pelo pescoço reto em fúria em fogo.
Boca na minha boca
boca nos meus versos
boca nos meus olhos
boca de meus olhos:
guardo meus desejos em tua boca.
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